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Meu Universo Poesia Jussára C Godinho

"É cor de rosa choque, por isso não provoque..." Rita Lee."

"É cor de rosa choque, por isso não provoque..." Rita Lee."
"É cor de rosa choque, por isso não provoque..." Rita Lee

28 de ago. de 2018

Beijo da-flor



Beijo da-flor

Segue aguardando a primavera
Nas entradas do tempo
Nas estradas do desejo
Abre suas pétalas encarnadas
E suas entranhas esgarçadas

Imploram num bocejo: 

- Paire sobre meu jardim
- Pouse seu despudor sobre mim
- Sou sua flor!
- Quero beijar seus anseios
Meu beija-flor!


Jussára C Godinho
Do livro INÉDITO "Telhado de vidro" (em breve)

16 de ago. de 2018

Sarau de Premiação Lila Ripoll 2018 - Vencedora


Noite mágica!

http://www2.al.rs.gov.br/fotografia/ExibeAlbum/tabid/5333/Default.aspx?IdAlbum=23995&IdxFotografia=0

Sarau no Solar dos Câmara, Palácio Farroupilha, Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

Apresentação musical de
Daniel Wolff e Fernanda Kruger



Amigo Gerson Nages, Menção Honrosa

14 de ago. de 2018

5 de ago. de 2018

Meninos de rua (Crônica)


Meninos de rua

            O dia era frio, muito frio, chuvoso, nublado e escuro, a sensação era de que o vento cortava, sangrando a pele. Poucas pessoas arriscavam sair às ruas. O mês de junho, no extremo sul do país, maltrata alguns cidadãos.
            Envolvida em mantas de tricô, os famosos cachecóis, luvas e botas de couro legítimo, a Madame para seu carro importado no sinal vermelho. Surge a sua frente um menino adolescente, quase moço, muito magro, corpo quase nu, coberto com tinta prateada, mexendo seus malabares. Mal podia acreditar que alguém pudesse suportar aquele frio em pelo. Misérias do mundo! A Madame tira da bolsa, etiquetada com marca internacional, algumas moedas - que sobraram, talvez, do cabeleireiro, da massagem, da manicure?- para pagar o show.
Na quadra seguinte, outro sinal vermelho, fechado, gritando Pare, Olhe, Atenção! Outro menino, agora criança, vendendo balas, no carro se encosta. Nas costas o peso de ser diferente, carente, tão pequeninho, lutando sozinho, vendendo bala, cheirando cola, sem escola, pedindo esmola. Mas quem dá bola para um vendedorzinho de bala que só precisa de colo, de carinho, de uma boa escola, de um prato de feijão e de um pouquinho de atenção?
Enquanto a Madame seguia seu caminho sem olhar para trás, o menino seguia sua espera, espera, espera...

Jussára C Godinho              06 out 2006
Foto: Jussára C Godinho

1 de ago. de 2018

Microconto do Livro "Para bons entendores...MINICONTOS bastam! publicado em 2015

Êxtase

              Estava tão feliz! Suava, se retorcia, sorria! A respiração cada vez mais ofegante marcava o fim daquele ato.
             Nasceu forte e saudável!
                                                 Jussára C Godinho