Ofereço os versos deste livro às crianças e aos adolescentes,
e a todos que acreditarem que é possível
amar e cuidar da Mãe Natureza
e, dessa forma, amar e cuidar de nós mesmos!
Jussára C Godinho
A NATUREZA EM TROVAS LITERÁRIAS
A natureza é tão bela
Esbanja cor e sabor
Sejamos cordiais com ela
Zelando com muito amor
Margaridinhas dos campos
Coloridas e tão belas
Mais parecem pirilampos
Cintilando a primavera!
Na primavera brotou
O mais lindo manacá
o alecrim se enamorou
muito encantado ainda está
Abriu-se um botão de rosa
No coração do jardim
tão bela, altiva e cheirosa
ela ria para mim!
A natureza é sensível
Como o beija-flor na flor
Eu não sei como é
possível
Não tratá-la com amor!
Dona de tanta beleza
Do sol, do mar, do luar
Reina absoluta certeza
Dela é preciso cuidar!
Um lindo botão de rosa
Desabrochou no jardim
“Natureza poderosa”
Sussurrava para mim
Deus
abençoe este Planeta
Dê juízo
ao ser humano
A
situação está “preta”
É pó,
fumaça e metano
A chuva
chora copiosa
Os danos
da poluição
Chora
ácida e venenosa
Gritando
por salvação
A
poluição tomou conta
No mundo,
de quase tudo
E nesse
monta e remonta
Faça
algo, não fique mudo
A situação é precária
No verde da Natureza
Já não há mais araucária
Onde está aquela beleza?
A palavra ecologia
Está muito desgastada
Discursada todo dia
Falam, mas não fazem nada
Consumir,
sim, mas pensar
Em nosso
meio ambiente
Separar e
reciclar
Consumir
conscientemente
A NATUREZA EM VERSOS (Brancos, livres, rimados...)
Viceje!
Viva o Verde verdejante
Viva a Vida vivida
Vívidos!
Porque do verde
Depende a vida.
Verdes vales e ramas!
Berço dos ninhos
Das “aves tagarelas”
nas “Velhas Árvores” de
Bilac.
Raiz da primavera
De flores belas
Colírio dos olhos
Colorindo o ar
Abrigo... Refresco...
Do homem, bicho
Da seda, das feras
Namorados dos ventos
Descanso dos rios
Descaso dos
homens-bicho
Que os aprisionam
Nas celas
De suas ganâncias.
Enjaulam-se
nas suas ignorâncias
E se esquecem
De cuidar de quem
Deles nunca se
descuidou.
Ignoram a importância
Do viver do verde
Do verde, do viver.
Espancam a natureza
E me fazem chamar
Florbela Espanca
Para ajudar a clamar:
“Árvores! Corações,
almas que choram
Almas iguais à minha,
almas que imploram...”
E tu?
O que vais fazer?
Natureza
Natureza, minha irmã!
Debulha beleza
Tanta nobreza
Esnoba realeza
O homem
Tão inconsciente
Às vezes, até inocente
Destrói sem piedade
Matas, rios, fauna e
flora
Deixando tudo na
saudade
E
agora,
O que será do futuro?
Um mundo vazio e escuro
Sem verde e sem ar puro
Completamente inseguro
Feito de pedra e de
muro
Das águas só o murmúrio
Dos rios só o lamento
E o homem tão desatento
Deixa tudo ao relento
Esqueça tanta bobagem
E trace sua meta
Ponha a mão na
consciência
E comece a cuidar do
Planeta!
Vamos cuidar do Planeta!
Nascimento e morte de um
rio
Nasci
sereno
manso e cristalino
por entre os verdes
doce vale menino
Cresci robusto
forte e valente
e fui andando
emocionando gente
Atravessei cidades
quase poderoso,
mas de tanta maldade
fiquei tão horroroso
Lixões, lixos e lixinhos
deixaram-me malcheiroso
afogaram meus peixinhos
não sou mais um rio
garboso
Imagem bucólica
Repousa o lago suave
entre os verdes olivais.
As garças em passos leves
dançam
ao seu redor
Os galhos balançam
e abraçam suas águas
que mansamente
recebem seu acarinhar.
Repousa o lago suave
entre o azul do céu
e o verde a resplandecer!
Majestosamente
eternizado em matizes multicores
pelos dedos encantados
de Deus!
Sonho
dos pássaros
Mil
folhas ao vento a balançar
Flores
multicores a perfumar
Campos
verdejantes a encantar
Borboletas
coloridas a emoldurar
Ar
cristalino, água pura a jorrar
das
cachoeiras, cascatas, e do mar
Ondas
claras e suaves, longe de marolar
Córregos,
rios, lagos, as águas a embalar
Seus
iguais os ninhos a afofar
No
azul do céu a voar
Todos
felizes a cantarolar
O
homem quietinho no seu lugar
Nada
mais querendo ceifar
E
a natureza exuberante a triunfar
Meu Desabafo – SOS Urgente!
Estou doente e tão carente
Minha condição é deprimente
Meu verde cheira queimado
O meu galho foi cortado
E não dá mais pra quebrar o galho
O pássaro no chão caído
O celeste azul destruído
O imenso mar poluído
O extinto animal ferido
Meu ar está asfixiado
O clima muito abafado
Quase tudo está acabado
O homem está demente
Não há mais selva, nem serpente
O mundo está tão diferente
Acabaram com o ser vivente
Trocaram tudo por cimento
Agora restou apenas o lamento
Pelo mau comportamento
Pra que tanto experimento
Sem nenhum comprometimento
E sem o menor sentimento?
O homem chegou sorrateiro
Pensou só em ganhar dinheiro
E está destruindo-me por inteiro
Eu sou a Natureza!
E estou agonizando
A fumaça me sufocando
O lixo me enterrando
De piedade estou precisando
Ou será que é a Humanidade
que de mim está necessitando?
Eu estou morrendo
E o Homem sofrendo
Com seu ato horrendo
E eu desconhecendo
Sua falta de pudor
Agora peço com clamor
Ajuda-me, por favor!
Antes que seja tarde
Não seja covarde
E tente entender
A Vida precisa viver!
Vozes da natureza
As águas clamam pelo seus peixinhos
que a sujidade levou
O céu busca incansavelmente seu azul
O ar precisa respirar
O verde precisa enverdecer
O planeta precisa viver!
Página FACEBOOK: https://www.facebook.com/jucgodinho/
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