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Meu Universo Poesia Jussára C Godinho


"É cor de rosa choque, por isso não provoque". Rita Lee

Orelha do livro Telhado de vidro, por Cinthia Kriemler (escritora e poeta).


Orelha de Telhado de vidro

Em Telhado de vidro, Jussára Godinho passeia pelos paradoxos que permeiam a vida do poeta. A começar pelo título emblemático, que revela a fragilidade do humano, todo o livro flui a partir de três vertentes: a finitude das coisas e dos seres, a consciência de que a solidão faz parte da caminhada e o resgate da alegria e da esperança por meio das coisas simples.

Jussára Godinho escreve palavras para os olhos e para o coração. Palavras que nos alcançam em nossas lembranças, em nossas vivências. Versos que expõem vontades explícitas e constatações realistas, como: Antes que eu me vá.../Revele-se a mim/Esbanje-me, ou ainda: No verão da existência,/inicia – covardia - o começo/do fim...

Uma mulher disposta a conceber e a viver coisas bonitas a qualquer tempo. Um ser humano em constante superação, que ordena aos seus medos e dores e sofrimentos e incertezas que se transformem em alavancas propulsoras. Uma alma incisiva, entregue ao destino, às possibilidades e aos mergulhos mais fundos por meio da poesia. A Poesia/é a sangria/da angústia/e da alegria/escorrendo/das veias/de quem a cria.

Ao recorrer a elementos como o sol, o mar, a chuva, as flores, Jussára poderia ser mais uma poeta a fazer uso das ferramentas triviais da poesia. Mas não é.  Em seus versos, a natureza é parceira, é redentora. Um canal por onde escoam a nostalgia, o lirismo e o resgate persistente do Amor sob todas as suas formas. Por isso Telhado de vidro é o que é: uma ode à vida.

Agradeço à autora, a quem conheço do meio literário em que convivemos, por ter me escolhido para escrever estas palavras.

Fiquei feliz e honrada. Talvez por sermos contemporâneas — nascemos exatamente no mesmo ano — me tenha sido tão fácil é possível entender a amplitude dos sentimentos por trás dos seus versos. Ou talvez isso se deva apenas ao fato de que eu os li com a alma.

Convido vocês a lerem Telhado de vidro. Assim, despretensiosamente. Com a mesma simplicidade com que Jussára Godinho o escreveu. E com o mesmo carinho.

Cinthia Kriemler

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