Curta-metragem de Leandra
Lambert - Hilda Hilst
(Publicado na Galeria de resenhas
Portal da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro)
(Publicado na Galeria de resenhas
Portal da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro)
Por Jussára C Godinho
O curta-metragem “A obscena senhora silêncio”,
dirigido pela, também, roteirista Leandra Lambert, e produzido pela
Universidade Federal Fluminense, em
aproximadamente treze minutos, traz cenas da premiada (Jabuti, entre outros, e
homenageada da FLIP - 2018) e polêmica
escritora brasileira Hilda Hilst. A escritora escreveu seu primeiro livro em
1950 e ficou conhecida, depois de escrever uma série de obras consideradas
pornográficas, tendo início com a obra “A obscena senhora D”, o que certamente
inspirou o título do filme de Lambert.
Ao som exótico (como Hilda)
de Claude Debussi, com Prelude, são citados e recitados, durante o filme,
trechos da poética de Hilda, encontrados em obras como “Da morte, odes
mínimas”, e “A possessa”, primeira obra teatral, entre outras.
Imagens do filme mostram Hilda sem máscaras,
com seus hábitos e sua personalidade ímpar, em cenas trazidas com extrema
naturalidade, sem formalidades.
A excelência da fotografia
sob a responsabilidade de Marco Aurélio Brandt, bem como imagens e som
dirigidas por Alexandre Gwaz, fazem do filme uma obra ímpar, única e original,
mesclando-se à obra da escritora e a competência cinematográfica de Lambert.
O curta-metragem, em pequenos
recortes conjugados, oportuniza, a quem já conhece Hilda, usufruir de cada
pedacinho, sensibilizando-se e construindo sentidos. E para os que ainda não a
conhecem, o filme suscita o desejo de conhecer a história de vida e obra dessa
grande, inquietante e polêmica escritora brasileira que está incluída entre os
melhores escritores do século.
A obra cultural, filmada em
mini DV e HI8, em 2002, e finalizada, em 2010, na Casa do Sol, onde Hilda
viveu, durante 40 anos, em Campinas (SP), produzida em homenagem a ela e ao
escritor José Luiz Mora Fuentes, é realmente um filme que vale a pena ser
assistido.
Poesia para crianças
Publicado no ARTISTAS GAÚCHOS
http://www.artistasgauchos.com.br/
Por Jussára
C Godinho¹
“Poesia
para crianças – conceitos, tendência e práticas”, organizado por LEO CUNHA e publicado
pela Editora PIÁ, é um livro que faz parte do acervo do Programa Nacional
Biblioteca da Escola – PNBE do Professor 2013.
O
livro reúne, em suas 149 páginas, várias obras de apoio pedagógico, as quais
possibilitam ao leitor um “passeio” pelos caminhos do lúdico, do lírico, do
carnavalesco que abrigam a Poesia Infantil.
Caminhos, esses, que nos fazem crer piamente que a Poesia deve se fazer
presente no cotidiano das salas de aula, dos currículos escolares e da vida das
crianças e adolescentes, ela, milagrosamente, abre as portas da sensibilidade e
da curiosidade, imbuídas na alma humana.
“O
que é a Poesia Infantil, qual o seu lugar na Literatura Infantojuvenil, quais
seus elementos constitutivos, seus impasses e seus progressos? As respostas a
essas questões são apresentadas pelos cinco renomados autores que compõem os
capítulos deste livro: Angela Leite de Souza e “Alguns dedos de prosa sobre
poesia”; Carlos Augusto Novais e “elementos de composição poética: noções
básicas”; Leo cunha e “O livro de poesia infantil: desafios e tendências”;
Gláucia de Souza e “Procurando o poema na sala de aula; Maria Antonieta Antunes Cunha e “Mergulhando
nos textos poéticos” e “Seleção de títulos: como construir acervos e outras
orientações”.
Em
“Alguns dedos de poesia”, Ângela aborda questões sobre pedagogia e poema,
poesia e poema, criança e poesia, poesia para criança.
Carlos
conceitua elementos de construção poética: verso, métrica, ritmo, rima, estrofe;
jogos sonoros, tais como aliteração, assonância, trocadilho, trava-língua, onomatopeia,
paronomásia. As formas poéticas, dentre
as quais o acalanto, a trova, o haikai
são lembradas, bem como as figuras de linguagem.
Leo
por sua vez, em “O livro de poema infantil: desafios e tendências” fala
diretamente aos professores e aponta alguns dilemas enfrentados pelo livro de
poesia infantil. Compara a poesia
infantil a um cubo mágico - metáfora criada por ele e usada nas mesas redondas
sobre o assunto – para mostrar que a poesia é múltipla, tem vários lados: o
lírico, lúdico, ritmo, jogo de palavras e sentidos, a musicalidade, sonoridade,
plasticidade das letras, o aspecto visual do poema.
Atividades
que envolvem percepção, discussão e criação são explicitadas por Gláucia de
Souza em “Procurando pelo poema na sala de aula”.
Maria
Antonieta Antunes Cunha em “Mergulhando nos textos poéticos” propõe um estudo ao
professor, no qual são envolvidas leituras para a intuição, fruição em voz
alta. E a autora finaliza o livro com uma “Seleção de títulos: como construir
acervos e outras orientações”.
“Poesia
para crianças”, organizado pelo mineiro premiadíssimo Escritor-Poeta-Professor-Mestre-Doutor
Leo Cunha², é um livro que, mesmo sendo dirigido
aos professores e educadores, pode e deve
ser lido por qualquer leitor, pois apresenta um tema sério e relevante - com
respaldo teórico, manifestado em ampla e atualizada bibliografia - numa linguagem
leve e acessível a qualquer pessoa interessada sobre o assunto.
Recomendadíssimo!
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