Em 2008, nuances que o tempo lembra.
Camaleão
(soneto, versos decassílabos)
Às
vezes, eu sou escura como a noite
Outras
vezes, brilhante como a lua
A
vida, às vezes, me bate de açoite
Violentando
a minh’alma quase nua
Às
vezes, vem vestida de alegria
Dançando
tangos e valsas de amor
Deixando-me
vermelha de euforia
Suada,
devastada de calor
Muitas
vezes, eu sou da cor do céu
Celeste
como um anjo divinal
Suave
e tão leve, tão longe do mal
Mas
lá vem ela, fazendo escarcéu
Preta
e vermelha, matiz infernal
Concluo:
isso é vida, então, sou normal
Jussára C Godinho
In: Telhado de vidro, editora Penalux, 2018.
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