Convite recebido em 06-08-2018
6 de ago. de 2018
5 de ago. de 2018
Meninos de rua (Crônica)
Meninos de rua
O
dia era frio, muito frio, chuvoso, nublado e escuro, a sensação era de que o
vento cortava, sangrando a pele. Poucas pessoas arriscavam sair às ruas. O mês
de junho, no extremo sul do país, maltrata alguns cidadãos.
Envolvida
em mantas de tricô, os famosos cachecóis, luvas e botas de couro legítimo, a
Madame para seu carro importado no sinal vermelho. Surge a sua frente um menino
adolescente, quase moço, muito magro, corpo quase nu, coberto com tinta
prateada, mexendo seus malabares. Mal podia acreditar que alguém pudesse
suportar aquele frio em pelo. Misérias do mundo! A Madame tira da bolsa,
etiquetada com marca internacional, algumas moedas - que sobraram, talvez, do
cabeleireiro, da massagem, da manicure?- para pagar o show.
Na quadra seguinte, outro
sinal vermelho, fechado, gritando Pare, Olhe, Atenção! Outro menino, agora
criança, vendendo balas, no carro se encosta. Nas costas o peso de ser
diferente, carente, tão pequeninho, lutando sozinho, vendendo bala, cheirando
cola, sem escola, pedindo esmola. Mas quem dá bola para um vendedorzinho de
bala que só precisa de colo, de carinho, de uma boa escola, de um prato de
feijão e de um pouquinho de atenção?
Enquanto a Madame seguia
seu caminho sem olhar para trás, o menino seguia sua espera, espera, espera...
Jussára C Godinho 06 out 2006
Foto: Jussára C Godinho |
1 de ago. de 2018
Microconto do Livro "Para bons entendores...MINICONTOS bastam! publicado em 2015
Êxtase
Estava tão feliz! Suava, se retorcia, sorria! A respiração cada vez mais ofegante marcava o fim daquele ato.
Nasceu forte e saudável!
Jussára C Godinho
31 de jul. de 2018
Câmara de Vereadores de Caxias do Sul -Homenagem
22 de jul. de 2018
Grata!
Editora Vírtua
A Literatura Caxiense está em festa! Nossa querida Jussára C Godinho conquistou essa semana o primeiro lugar no concurso Lila Ripoll de Poesia, promovido pela Assembleia Legislativa Gaúcha. Nossa editora sempre lutou pela causa de amor ao trabalho dos escritores locais, por isso lhe parabenizamos pela conquista e lhe desejamos sempre mais e mais sucesso!
21 de jul. de 2018
Feliz! Grata a todos!
Certamente o nosso texto não será mais bonito do que o seu, Jussára C Godinho, mas não podíamos deixar de escrever algumas palavras para saudá-la. 😊
Ficamos sabendo que você obteve o primeiro lugar na 13ª edição do Prêmio de Poesia Lila Ripoll, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, com o texto "Pois é, Drummond, os tempos mudaram." Que orgulho! E esse orgulho se estende ao fato de você já ter quatro livros publicados. 📚📖
É muito importante para todos nós quando servidores se destacam positivamente. Estamos bem curiosos para ler a sua poesia e saber mais sobre a antiga paixão pela leitura e escrita.
Muito obrigado por contribuir para a valorização de todos os servidores, muito obrigado por se somar às mulheres escritoras!
Muito obrigado por contribuir para a valorização de todos os servidores, muito obrigado por se somar às mulheres escritoras!
Ficamos no aguardo da premiação, dia 15 de agosto.
19 de jul. de 2018
18 de jul. de 2018
VENCEDORA - 13ª Edição Prêmio Lila Ripoll de Poesia
Muito feliz com a classificação, em primeiro lugar, do meu poema "Pois é, Drummomd, os tempos mudaram", na 13ª Edição do PRÊMIO LILA RIPOLL DE POESIA - 2018
17 de jul. de 2018
16 de jul. de 2018
Inverno
Chuva, cerração, frio...
Relâmpagos, trovoadas...
Visão do in(f)verno
Chuva, cerração, frio...
Trio parada dura, mancomunados,
virando as costas, radicalmente,
para as cores da primavera
e para a luz do verão
Chuva, cerração, frio...
Relâmpagos, trovoadas...
Visão do in(f)verno
Jussára C Godinho
Clima sulino
Há um embate gigantesco
entre ser do SOL (eu)
e ser do SUL (eu)
(frio, chuvas e trovoadas)
Jussára C Godinho
Jussára C Godinho
Ele está aí
Ele está aí
No verde vivo das florestas
No multicolorido das flores
No azul tão azul do céu
No verde-azul-mar do mar
No branco alvo das brumas
No alvo branco das nuvens
No brilho luzente das estrelas
Na luz brilhante do sol
No sonoro canto dos pássaros
No encanto sonoro dos rios
No ingênuo olhar da criança
Ele está entre nós
Ele está no meio de nós
Ele está em nós
Na retina de nossos olhos
Jussára C Godinho
15 de jul. de 2018
12 de jul. de 2018
Intensidades
A carícia das pétalas
imaculadas
sob
virginais nuvens brancas
A intensidade do olhar
azul do céu
sobre
as incautas
Ramas verdes, amparo... Leito
Jussára C Godinho
La caricia de los pétalos
bajo
las nubes blancas
La intensidad de la luz
del azul del cielo
sobre
las incertidumbres
Ramas verdes, apoyo... Cama
Jussára C Godinho
11 de jul. de 2018
Paixão
O nosso amor se guarda
No reduto dos sentidos
Os nossos sentimentos
Estão em modo somente nós
E em redomas de carinhos
Estão ilhados no silêncio
Do infinito amar
Assim dormirão, acordarão
Assim viverão
e somente assim serão eternos
Assim viverão
e somente assim serão eternos
Jussára C Godinho
6 de jul. de 2018
3 de jul. de 2018
2 de jul. de 2018
Poema de amor - Alma alada
Quando me chamas de amor
evocas a minha alma
Ela voa desmedindo distâncias
e, como um pássaro que busca alimento
e quando encontra
se acalma, se aninha
e se sustenta,
chega e se aconchega
no templo do teu ser
E como numa ópera sagrada
silencia...
E sorve
nas entrelinhas complementares
da paixão
o ritmo binário da sinfonia do amor
que desprende
do compasso do teu coração
Jussára C Godinho
30 de jun. de 2018
Microconto
Noite fatal
Nunca acreditou em histórias de vampiro. Desdenhava, esvaindo-se em gargalhadas, até que, na noite de núpcias, depois da sobremesa, o noivo cravou o colar de pérolas em seu pescoço, com os belos e doces dentes de marfim.
29 de jun. de 2018
Viver
- A alegria de viver está em amar o que se faz e fazer o que se ama, tatuando amor por onde passar.
Jussára C Godinho
28 de jun. de 2018
POEMA NATUREZA
Viceje!
Viva o
Verde verdejante
Viva a Vida
vivida
Vívidos!
Porque do
verde
Depende a
vida.
Verdes
vales e ramas!
Berço dos
ninhos
Das “aves
tagarelas”
nas “Velhas
Árvores” de Bilac.
Raiz da
primavera
De flores
belas
Colírio dos
olhos
Colorindo o
ar
Abrigo...
Refresco...
Do homem,
bicho
Da seda,
das feras
Namorados
dos ventos
Descanso
dos rios
Descaso dos
homens-bicho
Que os
aprisionam
Nas celas
De suas
ganâncias.
Enjaulam-se
nas suas
ignorâncias
E se
esquecem
De cuidar
de quem
Deles nunca
se descuidou.
Ignoram a
importância
Do viver do
verde
Do verde,
do viver.
Espancam a
natureza
E me fazem
chamar
Florbela
Espanca
Para ajudar
a clamar:
“Árvores!
Corações, almas que choram
Almas
iguais à minha, almas que imploram...”
E tu?
O que vais
fazer?
27 de jun. de 2018
Microconto
MELANCIA
Quando
entrou na fruteira, a moça solitária e séria não imaginou que aquela melancia
enorme e apetitosa mudaria seu estado civil. Sorriu como há tempos não sorria,
ao ouvir o vozeirão ao seu lado: “Eu levo até o seu carro, é pesada.”
Jussára C Godinho
25 de jun. de 2018
24 de jun. de 2018
Passado/Presente: videopoema de Jussára C. Godinho
Você não é sonho
Você é realidade
Você não é fantasia
Você é verdade
Você é emoção
Ilusão...
(Paixão)
Você não foi sonho
Você foi realidade
Você não foi fantasia
Você foi verdade
Você era emoção
Ilusão...
(Paixão)
Você é sonho
Você não é realidade
Você é fantasia
Você não é verdade
Você é dor
Lágrimas...
(Saudade)
(Tradução: Jussára C Godinho)
Presente/Pasado
Tu no eres sueño
Eres realidad
No eres imaginación
Eres verdad
Tu eres emoción
Ilusión...
(Pasión)
Tu no hes sido sueño
Hes sido realidade
No hes sido imaginación
Hes sido verdad
Tu hes sido emoción
Ilusión...
(Pasión)
Tu eres sueño
No eres realidad
Eres imaginación
No eres verdad
Tu eres dolor
Lágrimas...
(Nostalgia)
Concurso Centro de Estúdios Poéticos – Madrid – Espanha – 2007
17 de jun. de 2018
Videopoema "Descerrando nós", de Jussára C Godinho
Descerrando nós
(Livro: Meu Universo a Poesia)
(Livro: Meu Universo a Poesia)
Hoje despertei mansa, sonolenta
Com olhar semicerrado
Descerrei a janelinha do meu porão
E pela fresta avistei
o jardim do meu coração
A terra com muita sede
Dilacerava rachaduras
Das flores de antigamente
Somente ramas secas
Emaranhadas de nós
Sobreviveram, na árida escuridão
as sementes?
Foi necessário arrombar coragens
E adentrar medos
Para alargar meu olhar
Descuidei do meu jardim
Ali havia teias de sonhos
Enroscadas em mágoas
Empoeiradas pelo tempo
Das flores perfumadas
Só os talos estalando
Pontiagudos, machucando...
Arranhada, sangrando
Arranquei-os de lá
As lágrimas da saudade
Banharam o lugar
As fendas se fecharam
Sonhei a terra renascendo
Com a porta escancarada
A visão já apurada, reparei
Quase esmagados no chão
Cotilédones retorcendo-se para a luz
Era o retorno da vida
Há muito trancada no meu eu
Respirei... Suspirei...
Cerrei os olhos
Respirei outra vez
Aparei as arestas
Deixei as portas abertas
Convidei o Sol para entrar
Menção Honrosa – Concurso Revolução Cultural - 2012
12 de jun. de 2018
Videopoema "Indomável pensamento", de Jussára C. Godinho
Indomável
pensamento
(Livro: meu Universo a Poesia)
(Livro: meu Universo a Poesia)
Meu
pensamento voa, vaga
Arrisca e se
perde em ti
Constrói sua
morada
E em segredo
Brinca, sonha
e ri
Acorda calado
E em silêncio
Deixa uma
lágrima cair
Vaga, divaga,
Insiste, desiste
E ali volta a
residir
Fica, demora,
devora
Para e não
quer sair
Aquece,
endoidece
Dilacera,
explode
E não me
deixa dormir
Indomável
pensamento
Domina meu
coração de menina
Cavalga em
seu poder
Sua imagem
passeia em mim
Desnuda meu
ser
Seu nome chama
pelo meu
E baila no
salão do sonho
E o sono não
vem
O pensamento
insiste,
Não desiste
Exausta me
entrego, deixo fluir
E o
pensamento voa, vaga
E paira
definitivamente em ti.
Jussára C Godinho
Classificado para o “Guia de Autores
Contemporâneos” – 2009
Galeria Brasil – Celeiro de Escritores
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